Reembolsos de IRS – Parábola do Apagão
Escrevo este texto, passadas sensivelmente vinte e quatro horas depois do apagão. Este evento transnacional, absolutamente imprevisível e impactante na rotina de milhões de cidadãos, teve a virtude de servir de mote a muitas reflexões de índole diversa. Serviu igualmente para, pelo menos durante algumas horas, deixarmos de ouvir e discutir sobre eleições legislativas, sondagens, programas eleitorais, debates políticos e… reembolsos de IRS (até porque a “máquina fiscal” também se desligou e o apagão durou mais umas horas do que em nossas casas).
Avizinha-se uma campanha eleitoral intensa e, este último tema (em concreto, a diminuição acentuada nos reembolsos de IRS) não deixará de ser um dos trunfos para as forças políticas que parecem querer perpetuar a flagrante iliteracia financeira da população portuguesa.
Lamentavelmente, tem-se percecionado que o facto de os contribuintes estarem a receber menores reembolsos de IRS ou terem mesmo de pagar imposto, que isso, por si só, configura um aumento de impostos. Nada mais errado! Cumpre, por isso mesmo, refletir e fazer pedagogia para que não nos tomem por néscios contribuintes.
Em 2024, os PORTUGUESES ENTREGARAM MENOS IMPOSTO AO ESTADO.
No princípio do ano tinha avançado uma redução de IRS (atualização dos escalões em 3% e redução das taxas gerais de IRS entre 1,25 pontos........
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