Política fraca, jornalismo de espuma e estagnação
Por estes dias, torna-se difícil encontrar entusiasmo ou confiança no discurso político nacional. Assiste-se a um esvaziamento das ideias, a uma mediocridade generalizada na visão de futuro e a uma preocupante aceitação da estagnação económica como se fosse um destino inevitável. A sociedade portuguesa vive sob a sombra de um Estado excessivo, omnipresente mas ineficaz, que sufoca a iniciativa privada, restringe liberdades económicas e limita o progresso pessoal. Pior: a política, em vez de ser uma alavanca para a mudança, tornou-se num exercício de sobrevivência partidária, onde o curto-prazo reina e o país definha.
A esquerda populista, com o Bloco de Esquerda à cabeça, continua a insistir num discurso anacrónico, avesso à realidade económica e inimigo da liberdade de escolha. Catarina Martins — e agora Mariana Mortágua — defendem uma retórica que demoniza o lucro, desconfia do investimento privado e propõe soluções que ignoram as dinâmicas de uma economia globalizada. As suas propostas, enraizadas num idealismo ultrapassado, não resistem a qualquer escrutínio económico: limitar rendas artificialmente,........
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