O admirável mundo da ERC
No meio da lassidão da canícula, este Verão tem sido fértil em acontecimentos que tornam a vida mais fácil a quem, como eu, continua a escrever para os jornais durante aquela que antigamente era denominada de silly season. Hoje, felizmente, não faltam temas para nos debruçarmos durante o Verão. Esta semana, a denominada Entidade Reguladora para a Comunicação Social, emitiu a sua decisão sobre a entrevista que José Rodrigues dos Santos fez a Marta Temido na campanha para as Eleições Europeias do passado mês de Junho.
Depois de ter recibo várias queixas, típicas, de resto, do espírito censório que permanece na alma caridosa de muitos Portugueses que gostam de vigiar a moral e os bons costumes, a ERC decidiu investigar o que se havia passado na entrevista que, nas palavras dos queixosos, tivera “perguntas capciosas, baseadas em informações falsas, tom violento, contestando todas as respostas”. Mais, outro queixoso, criticando a postura do entrevistador, “entende que a ERC devia tomar medidas”.
A resposta da ERC às queixas não se fez esperar. Para além de afirmar que na entrevista “não foi conferido espaço à entrevistada para expor os seus pontos de vista”, diz ainda que a dita “é suscetível de prejudicar o direito dos telespectadores de serem informados” conforme garante a Constituição. Para além disso, nas suas considerações, a ERC afirma que “a distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do........
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