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Ainda bem que o PS saiu do poder

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02.01.2025

O chamado caso Rosalino terminou como seria expectável numa democracia madura: a pressão da opinião pública fez com que a nomeação de Hélder Rosalino para a Secretaria-Geral do governo fosse abortada. Mesmo assim, neste início de um novo ano, acho que vale a pena rever a matéria dada e falar de algumas ilações políticas sobre uma cultura política que permanece inalterada ano após ano. Vamos aos factos, que são públicos e notórios.

Hélder Rosalino estudou Gestão no ISCTE e fez mais umas quantas especializações em universidades Portuguesas. Antes de 2011, era quadro do Banco de Portugal, no qual auferia um bom salário, sendo devidamente recompensado pelas suas funções. Quando Vítor Gaspar foi nomeado para Ministro das Finanças por Passos Coelho em 2011, impressionado com a qualidade técnica de Rosalino, convidou-o a juntar-se ao seu ministério, nomeando-o Secretário de Estado da Administração Pública.

Vítor Gaspar demitiu-se do governo no Verão no 2013. Nessa altura, Maria Luís Albuquerque, que havido sido par de Rosalino como secretária de estado de Gaspar, subiu a Ministra das Finanças. No ano seguinte, Albuquerque fez a nomeação política de Rosalino para a administração do Banco de Portugal, substituindo Silveira Godinho e Teodora Cardoso. À época, Rosalino saiu do governo para um generoso salário de cerca de 13 mil Euros mensais, de acordo com a tabela do Banco de Portugal.

De acordo com o número 33 da Lei Orgânica do Banco de Portugal, o cargo para o qual Rosalino foi nomeado em 2014 por Albuquerque tinha uma duração de cinco anos, com a possibilidade de uma única renovação por igual período. Em 2019, Centeno, amigo de longa data de Rosalino ,então ainda Ministro das Finanças, cuja passagem deste cargo para o........

© Observador


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