De onde vimos? Para onde vamos?

Tendemos a olhar para o Passado com Nostalgia e para o Futuro com Esperança.

Pelo menos, esse era o olhar da minha geração, na juventude.

Falando com as gerações mais novas, agora (e não há nada de científico nas minhas observações), reparo que consideram existir dois Passados – o Passado histórico – que, para elas, é tudo com mais de 30 anos!, e o Presente/Passado, ou seja o Passado recente, das últimas décadas. O Passado histórico é uma abstração, mais ou menos conhecida, dependendo do grau de motivação e educação. O Passado/Presente é olhado com irritação, não com Nostalgia. E o Futuro, com Inquietação, não com Esperança. A irritação resulta de uma acusação, provavelmente, justa: as gerações mais velhas, egoisticamente, através das suas escolhas e decisões, nomeadamente, económicas, industriais e ambientais, destruíram a possibilidade de Esperança no Futuro, das gerações mais novas. O Futuro, por diversas razões – desde as oportunidades de trabalho, de rendimentos e de viver num ecossistema sustentável – é considerado como um lugar estranho, potencialmente, perigoso.

Assim, muitos jovens “estacionaram” as suas vidas no Presente. O grau de abandono escolar aumentou na escolaridade obrigatória, e, são mais, os jovens que não concluem o ensino........

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