Idos vão os tempos em que assistíamos a debates políticos de qualidade, quando o dom da oratória trazia, a quem assistia, ideias claras, convincentes e envolventes, numa dança coordenada entre o uso eficaz da linguagem, gestos corporais, entoação vocal e recursos retóricos que nos inspiravam e influenciavam.
Os atores principais assinavam um pacto momentâneo de respeito mútuo, tratando-se com cortesia e consideração, mesmo em temas de discórdia. O foco estava no mérito das ideias e das propostas em discussão e a argumentação baseava-se em factos por sua vez sustentados em evidencias sólidas – um requisito para não arriscar o abandono precoce da bancada.
Quem se atrevia a ir para o campo da ambiguidade ou linguagem vaga,........