menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Nacionalidade em suspenso

9 13
01.06.2025

Enquanto países como a Alemanha encurtam prazos para atrair talento, Portugal ameaça fechar portas. A nacionalidade não se defende com desconfiança — defende-se com exigência e mérito. Manter os 5 anos, subir os critérios. Porque tempo, por si só, não prova nada.

O talento não espera. E o mundo também não

Há quem queira transformar Portugal num clube exclusivo, onde se espera uma década para receber o cartão de sócio. A proposta de aumentar de 5 para 10 anos o tempo mínimo de residência para acesso à nacionalidade portuguesa é isso mesmo: um retrocesso travestido de prudência. Mas se o país pretende atrair talento, reforçar a coesão social e competir no palco europeu, o caminho é outro.

A nacionalidade não é um prémio de consolação, é uma ferramenta de integração

Hoje, Portugal está entre os poucos países da Europa onde bastam 5 anos de residência legal para pedir a nacionalidade. E os resultados estão à vista: temos uma das taxas de naturalização mais altas da UE. Todos os anos, milhares de pessoas passam a ser cidadãos de pleno direito, com direitos, deveres e identidade partilhada. Isso não acontece por acaso. A naturalização precoce potência a integração e o investimento no país — económico, social e pessoal.

Agora, imagina duplicar esse prazo. Dez........

© Observador