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Tudo para a tropa, já!

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09.09.2024

A “minha” história começa em 1967, quando uma coligação de países árabes liderados pelo Egipto e pelo seu presidente Gamal Abdel Nasser, um daqueles protagonistas de tragédias que os media europeus “lavaram” como herói, entende “resolver o problema israelita” pela junção das suas forças militares. Como sabemos hoje, o resultado foi humilhante para a coligação, que levou forte e feio das forças armadas israelitas lideradas por nomes que hoje nos são familiares como Yitzhak Rabin, Ariel Sharon, Ezer Weizman ou Moshe Dayan.

Menos conhecido é o facto de a coligação envolver forças militares dos países árabes próximos, mas também o apoio político de outros mais distantes, como a Argélia, o Kuwait ou a Tunísia. E é deste que vêm os genes do protagonista da minha história.

A Tunísia vivia, antes de 1967, numa sociedade relativamente plural, onde o convívio entre judeus e muçulmanos era cordial e pacífico. Na verdade, era difícil dizer quem eram uns e outros à parte do cerimonial religioso, cada qual fazendo a sua vida normal de cidadão que se levanta de manhã para trabalhar e volta à noite para a família. No entanto, a humilhação da guerra de 1967 leva ao sucesso dos populistas islamitas e à perseguição dos judeus sefarditas (sim, aqueles que já tinham sido perseguidos pelos católicos ibéricos), o que conduz a um êxodo, mais um, de judeus em duas direções, Israel e França. Para esta vai o Sr. Haccoun, judeu relativamente bem na vida em Tunes, que se vê lançado com uma mão à frente e outra atrás para terras de França.

Entre as minhas peripécias profissionais, fez o acaso que hoje seja colega do seu filho Fabrice, um executivo francês condecorado, antigo conselheiro do presidente Hollande. A história de Fabrice Haccoun, inscrita no livro de sua autoria Ralloumons........

© Observador


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