Dinheiro preso: onde está a chave?
Terminado o mês, vemos o saldo da conta e escolhemos não mexer – não por teimosia, mas por prudência perante o incerto. Em Portugal, este sentimento já não é apenas uma impressão: segundo o INE e o Banco de Portugal, a taxa de poupança das famílias situa-se em torno dos 12,5% e o stock de depósitos de particulares continuava, em abril deste ano, a crescer para cerca de 193,1 mil milhões de euros, mostrando sinais claros de que existe liquidez disponível que, ainda assim, por comodismo ou por falta de informação clara, não se transforma em fluxo económico-financeiro.
O espaço digital financeiro, alimentado pelas designadas fintechs, trouxe energia criativa e novas arquiteturas de produto. A inovação é, por isso, parte da solução. Plataformas, algoritmos e interfaces permitem hoje conceber alternativas à imobilidade dos saldos, com custos e acessos inimagináveis há poucos anos. Contudo, entre o potencial técnico e a escolha pública ergue-se uma lacuna: a forma como a informação chega ao cidadão comum. Quando condições, prazos e riscos são apresentados em linguagem técnica ou escondidos numa folha de termos e condições, a resposta racional é direta: conservar, manter o dinheiro visível, acessível e, acima de tudo, com o controlo psicológico que a conta à ordem confere.
Há experiências que iluminam caminhos possíveis e que mostram como a disrupção nasce tanto........





















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