Florestas a arder no verão para termos Jorge Pinto na TV |
“Agora falta o detalhe que decide tudo. Precisamos de 1.000 assinaturas para garantir o meu boletim. Se acreditas nesse caminho, dá-me esse empurrão”
(Jorge Pinto, no Instagram, após o debate com A.J.Seguro)
Verão após verão, o país transforma-se num mar de chamas. Nestas alturas fala-se num país esquecido, sem recursos para ser resiliente, sem interesse para os políticos fora das campanhas eleitorais. A coisa passa. Para o ano há mais, e os culpados serão os políticos de turno. A sociedade vê moscas nos olhos de quem elege mas não vê um enxame nos seus, não só por quem elege mas sobretudo pelo que exige a quem — porque de outra forma não o era — é eleito.
Sim, os incêndios são apenas uma das muitas faces de um imenso território rural cada vez mais abandonado e esquecido -. e todas essas propostas, planos, programas, etc. em nome da coesão territorial têm dado tantos frutos como a prevenção de incêndios, isto é, nenhuns. Cidadãos de primeira para pagar impostos, de segunda muitas vezes em funções básicas — da segurança à mobilidade — em que o Estado sistematicamente falha na sua missão.
Nalguns casos felizmente o mercado minimiza as situações, com oferta de hospitais e clínicas privados, ou de colégios, bem como táxis ou segurança privada. Noutros, todavia, embora o padeiro ainda vá de aldeia em aldeia, nenhum privado vai arcar com o prejuízo de ter um autocarro a fazer........