A Luísa fez um aborto legal e morreu
Em Coimbra vivia a “Luísa” (nome fictício) que engravidou, corria o ano de 2010. Estava de 6 a 7 semanas, e por isso dentro do prazo para fazer uma IVG. Dirigiu-se a um Hospital da sua cidade, convicta de que era um procedimento simples e sem complicações. Fez as duas consultas e depois realizou o Aborto – medicamentoso.
Passados escassos quatro dias, a Luísa voltou ao Hospital com hemorragias que não paravam.
A aflição dos médicos do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, durante aquelas horas é inenarrável. Análises… exames… detetada uma infeção generalizada – que tipo de germe patológico era aquele? “Fizeram-se e-mails para todo o mundo” – diz uma médica — “fizeram-se telefonemas para os melhores centros de infecciologia, administraram-se antibióticos da maior eficácia conhecida”. Mas, os níveis de infeção não paravam de subir.
Sem saber mais o que fazer, os médicos levaram a Luísa para o Bloco Operatório numa última tentativa de lhe salvar a vida. Mesmo os médicos que se declaravam........
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