Ano Novo, vida nova… ou talvez não! Há mais de uma década – em concreto desde 2011 – que os dias que os portugueses têm, em média que trabalhar, tem vindo a aumentar, apesar dos senhores da troika terem deixado de intervir nos destinos de Portugal, em maio de 2014. Em 2015 passou de 157 para 163 dias, em 2016 passou para 166 dias, e desde então tem oscilado entre os 160 e os 163 dias.
A remuneração do trabalho dos portugueses é das mais baixas da Europa e em contrapartida, a carga fiscal sobre o trabalho mantém-se há três anos consecutivos entre as dez mais pesadas da OCDE. Para fazer estas contas não é preciso um doutoramento em matemática: os portugueses ganham menos que a grande maioria dos cidadãos europeus e pagam muitíssimo mais de impostos o que, em traços gerais, pode ser traduzido nas enormes dificuldades financeiras que as famílias atravessam.
Se dúvidas houvesse, o nevoeiro da inflação que disfarçava a tendência da quebra do consumo em volume, está a dissipar-se, pondo em........