Terminado o congresso do Partido Socialista e com António Costa finalmente fora da governação, o País pode agora respirar e pensar o seu futuro e os portugueses podem fazer as suas escolhas, apesar das condições não democráticas em que Portugal se encontra, escolhas que devem ser apresentadas pelos partidos de forma clara e, se possível, verdadeiras, entre dois projectos políticos que são forçosamente muitos diferentes, entre a previsível viragem à esquerda de Pedro Nuno Santos (PNS) e a social democracia que se espera do PSD de Luís Montenegro (LM).
Pessoalmente, como é sabido, sou muito critico dos últimos vinte anos da governação do PS e não acredito que PNS vença os interesses criados no Estado pela grande família socialista e não penso que tenha o conhecimento estratégico e a experiência de vida necessários para levar a cabo, com coerência, as reformas necessárias ao País. Todavia e infelizmente não sei se LM e o PSD sabem ganhar as próximas eleições e se conseguem ter a coragem de um Sá Carneiro para apresentarem o programa de que Portugal precisa. Assim, limito-me a apresentar as linhas gerais do meu próprio programa, desejando que o programa da AD não ande longe.
Democracia – Mais democracia e a promoção da participação democráticas dos portugueses está na primeira linha das mudanças necessárias, pelo que não podemos continuar a aceitar o que está a acontecer, por exemplo no PS, onde a escolha dos deputados está a ser feita em parte por PNS e os restantes pelo seu ex-opositor, em vez de como acontece no resto da União Europeia (EU) em que a escolha é feita pelos eleitores nas urnas, ou seja, a AD deve programar a reforma das leis eleitorais como proposto por Daniel Adrião no congresso do........