Uma herança difícil de corrigir
António Costa herdou um país com boa parte das correções financeiras e económicas, que mais votos tiram, realizadas. Pedro Passos Coelho conseguiu colocar o país numa trajetória de crescimento financeiramente mais equilibrada, podendo apenas dizer-se que deixou alguns bancos, nomeadamente o Banif e a CGG, com problemas por resolver. E que Costa resolveu, melhor na CGD e pior no Banif. Mas será sempre a Pedro Passos Coelho que se fica a dever a coragem de ter dito “não” a Ricardo Salgado e, claro, de ter adoptado algumas medidas que lhe custaram votos e a zanga dos pensionistas.
O ex-primeiro-ministro capitalizou com mestria a herança de Pedro Passos Coelho, mas por razões que não se conseguem entender, não acrescentou valor, não aumentou o crescimento potencial. O país está financeiramente mais equilibrado – a dívida total da economia diminuiu tal como a dívida pública – mas o estado do Estado é de colapso em praticamente todas as frentes. Como aliás várias vezes identificámos neste espaço, desde a primeira hora em que se percebeu que as contas públicas estavam a ser corrigidas à custa da depauperação dos serviços públicos.
O suporte que........
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