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Vivências de uma jovem alienada: medo e violência

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18.05.2025

A três de maio 2025, falámos aqui de uma das formas de violência que pode ser exercida pela mãe/pai alienador, nomeadamente a que “ocorre num padrão de comportamentos de violência, num ciclo repetitivo que varia entre comportamentos e atitudes pela mãe/pai alienador de agressão/castigo e por manifestações de carinho e compensação caso a criança ou adolescente cumpra o comportamento desejado pelo alienador” (Delgado-Martins, in Observador,3 maio 2025).

A nove de maio 2025, “falamos de uma outra forma de violência utilizada pelo pai/mãe alienador. O isolamento familiar e social da vítima alienada. O isolamento familiar e social é uma das estratégias utilizadas pela mãe/pai alienador para dificultar as denúncias da violência/alienação de que os filhos/as alienadas são vítimas” (Delgado-Martins, in Observador, 9 maio 2025).

Hoje falamos de uma outra forma de violência utilizada pelo pai/mãe alienador. A provocação do medo na vítima alienada. O medo é uma das estratégias utilizadas frequentemente pela mãe/pai alienador de forma manipuladora para dificultar as denúncias da violência/alienação de que os filhos/as alienadas são vítimas.

Neste texto, vamos descrever as vivências partilhadas por uma jovem alienada, Madalena, vítima de várias estratégias de um pai e de uma madrasta alienadora. Através de comportamentos e atitudes alienadoras, o pai e madrasta utilizaram uma estratégia traduzida pelo uso de medo, através de ameaças e humilhações que visam controlar os filhos, vítimas da alienação.

Um processo de manipulação emocional sustentado pelo medo, pode corresponder ao reforço de crenças negativas, criando o receio da perda da aprovação do pai/mãe alienador, ou por ameaças emocionais mais ou menos explícitas. O pai/mãe alienador utiliza o medo como um instrumento de controlo emocional e condicionamento comportamental, criando um ambiente controlador e punitivo, onde o erro é punido de forma desproporcional ou imprevisível, como nos partilhou a Madalena: “havia imenso, imenso medo, o medo era mais provocado pela minha madrasta, mas havia muito medo…ir à cozinha era uma coisa que me provocava imenso medo, ter de passar na sala onde a minha madrasta estava, ela ver-me, metia-me imenso medo…ouvir os passos dela a virem, porque depois era fácil distinguir os passos dela dos do meu pai eram muito diferentes…No outro dia vi........

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