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Salvem a classe esquecida 

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30.04.2025

Desde sempre que a luta de classes é o verdadeiro desafio que enfrentamos. Podem tentar distrair-nos com lutas e causas sociais que, apesar de terem a sua importância, poucas consequências têm no nosso dia a dia, e o leitor saberá claramente ao que me refiro, mas o essencial em que nos devemos focar não muda. Atualmente a classe média que, segundo a OCDE, são os trabalhadores e famílias que auferiam em 2024 entre 688 e 1836 euros líquidos por mês, e que sustentam o país com o seu trabalho e impostos, é o miolo da sociedade. A classe média abrangia em 2024 mais de 60% do país, mas não se fala tanto como se devia da forma como, sem acesso a apoios sociais e longe dos privilégios da elite económica, se encontra hoje esmagada por encargos e esquecidos nas prioridades políticas. Tudo isto se resume ao chavão: Muito ricos para apoios, muito pobres para prosperar.

O exercício político de pensar na classe média não é um luxo, mas uma urgência. Sem esse exercício, continuaremos a deixar para trás a maioria da população e o verdadeiro motor da nossa economia. Temos o dever, a responsabilidade cívica, de repensar as políticas atuais e até de sugerir novas, que talvez consigam corrigir um desequilíbrio crónico. Com esse espírito, propus-me assim fazer esta reflexão. Surgiram-me, assim, algumas ideias que vão desde a justiça fiscal, passando pela habitação, até à........

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