Matemática da Pobreza: juro do Brasil/working poor português
Li recentemente uma análise acutilante sobre a “Matemática da Pobreza” no Brasil. A tese é brutal na sua simplicidade: ser pobre custa caro. Do outro lado do Atlântico, a pobreza é descrita como uma armadilha de juros compostos e impostos sobre o consumo que corroem o rendimento de quem ganha menos.
Mas, ao transpor esta reflexão para a realidade portuguesa de 2025, percebo que, embora as variáveis da equação sejam diferentes, o resultado final — a imobilidade social — é assustadoramente semelhante. Portugal e Brasil sofrem de patologias económicas distintas, mas que atingem o mesmo paciente: a classe média e a esperança de ascensão social.
A Equação Brasileira: O Custo da Sobrevivência
No Brasil, a matemática é impiedosa pelo custo do capital. Com uma taxa de referência (Selic) de 15% ao ano e um dos maiores juros reais do mundo, o crédito deixa de ser uma ferramenta de alavancagem para se tornar um fardo pesado. O cidadão que precisa de parcelar uma compra ou recorrer ao descoberto bancário entra numa espiral de custos........





















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