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O triunfo dos porcos

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21.09.2024

Podem chamar de neomarxismo, nova esquerda ou extrema-esquerda, mas a verdade é que tomou conta da maior parte dos valores ocidentais. Não interessa aqui a discussão entre as diferentes definições de marxismo ortodoxo e outras escolas de pensamento, nem sequer a origem da fábula de George Orwell. O problema é que quem ousa debater contra eles de forma séria e eficiente, é logo apelidado de extrema-direita.

É do interesse deles que se simplifique questões complexas e se tratem as suas visões como mantras religiosos. É do interesse deles que respostas cuidadosamente reflectidas sejam observadas como preconceitos arbitrários. Por exemplo, no feminismo: a igualdade de oportunidades numa sociedade, independentemente do género, é um direito fundamental que não pode ser negociado; e só nos países islâmicos radicais é que se normaliza essa assimetria. Mas o feminismo de hoje nos países ocidentais é uma caricatura ridícula do que foi no passado, e assimila apenas argumentos marxistas que não tratam dos direitos das mulheres, e são, sim, armas ideológicas muito concretas que promovem o colectivismo e a divisão da sociedade entre opressores e oprimidos.

O que a extrema-esquerda faz é adotar causas universais e distorcer cada uma delas de acordo com o seu próprio “logos”, seja a igualdade de género, o ambiente ou o desenvolvimento económico e social. É fundamental para a extrema-esquerda que a liberdade de expressão seja amordaçada. Os seus argumentos tentam inverter a realidade e tornar uma questão de salvaguarda........

© Observador


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