O cientista britânico Stephen Hawking (1942-2018) – padecente desde os 21 anos de idade de esclerose lateral amiotrófica –, ao tomar conhecimento em 2016 do livro intitulado A Quarta Revolução Industrial, de Klaus Schwab, o fundador do Fórum Económico Mundial na cidade suíça de Davos, referiu que a inteligência artificial poderia eventualmente substituir os seres humanos, mas esperava que eles não fossem tão estúpidos ao ponto de tal coisa permitir.
Hoje, em 2024, o ChatGPT, o Bing Chat e afins deliciam a maioria dos seus utilizadores ao procurar ansiosamente que as tarefas mais rotineiras de pensar sejam desempenhadas por aquelas ferramentas poderosas e complexas. Esquecemos, porém, que para havermos a elas chegado andámos anos e anos a espalhar as nossas pesquisas, preferências, conversas, enfim, dados privados, por aí e sabe-se lá com quem, perante a passividade dos governos. Os quais nunca se preocuparam que as grandes empresas de tecnologia ultrapassassem, descontroladamente, os limites éticos razoáveis da privacidade.
Nos tempos que correm, a preocupação já não é a........