Bairros de lata na Grande Lisboa? Sim, existem
Muitos se recordam da vergonha e do desconforto que sentíamos, quando entrávamos em Lisboa, vindos do norte, e nos deparávamos com bairros de lata onde a degradação urbana e a pobreza das pessoas que ali viviam era evidente. Muito se fez nos anos 90 para contrariar essa tendência, na criação de bairros sociais que efetivamente alojaram milhares de pessoas, mas que criaram novos problemas cujas consequências hoje em dia estão à vista. Assim, alguém que não conheça a atual realidade, pode pensar: não existem mais bairros de lata em Lisboa! Mais, não há mais barracas na Área Metropolitana de Lisboa, construídas de forma desordenada e onde a pobreza, falta de higiene e a insegurança são a consequência natural deste contexto.
Lamentamos informar, mas não! É uma situação que permanece! Não talvez em Lisboa, concelho, mas por toda a Área Metropolitana de Lisboa, em particular no de Almada. Desde que Inês de Medeiros, do Partido Socialista, assumiu a presidência da Câmara Municipal de Almada em 2017, e com a conivência do PSD, veio ao de cima a sua incapacidade em lidar com os problemas estruturais de Almada, sobretudo no que diz respeito à habitação e ao crescimento de bairros clandestinos. Enquanto a CDU deixou a sua marca de negligência ao longo de quatro décadas, com o crescimento dos bairros do 2.º Torrão e das terras de Lelo Martins (vulgarmente conhecido por Terras da Costa), e o BE promove a ocupação ilegal de casas municipais para beneficiar de narrativas políticas e manipulação de eleitorado, o atual executivo PS agravou a situação, permitindo o descontrolo total em bairros como a Penajóia e tratando de forma desumana as populações vulneráveis nos outros dois bairros.
Recentemente e apenas por motivos de segurança, devido ao risco........
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