Estamos a proteger ou a comprometer as conquistas?
A luta das mulheres portuguesas pelos mesmos direitos e deveres que os homens é uma história de resistência, feita de pequenas conquistas ao longo do tempo e acelerada com o 25 de Abril de 1974. No entanto, a atualidade mostra-nos que estas vitórias não estão garantidas: estão constantemente a ser postas à prova, ameaçadas por discursos polarizados, influências externas e fenómenos sociais cada vez mais complexos.
Vivemos num momento em que o radicalismo começa a contaminar o debate sobre a igualdade de género. Posicionamentos mais extremados por parte de certos movimentos e partidos, como o Bloco de Esquerda, que têm contribuído para a criação de reações igualmente extremas. Em vez de construirmos pontes, estamos a erguer muros. Em vez de promover o diálogo, alimentamos antagonismos. E isso é perigoso.
Um dos reflexos mais preocupantes desta dinâmica está........
© Observador
