Realismo nas políticas de habitação
Passada as campanhas eleitorais, momentos utópicos ou distópicos, podemos voltar a meter algum racional no tema “habitação”. Para que volte a haver paz neste mercado importa que:
Em nenhuma das propostas feitas em campanha foram abordadas estas questões menores. Uma das propostas (do livre) era de criar 600.000 fogos públicos, ora o custo de produção de a um valor médio de 180.000€ / fogo (120m2*1500€ sem considerar o valor da terra e os custos incorpóreos) dá 108 mil milhões de euros, qualquer coisa como metade do PIB anual. Mesmo sendo “no longo prazo” parece uma certa falta de realismo.
Também importa tirar o populismo de propostas ocas, eliminar as banheiras e os bidés não reduz o custo das casas, ou não reduz em mais de 400€ da banheira e 80€ do bidé. 480€ num custo global de centenas de milhares de euros é irrelevante.
Os custos com a construção de habitação podem ser divididos, simplificando, em: terreno e construção (os corpóreos), projectos, taxas e impostos (os incorpóreos). Até aqui todos quantificáveis, diríamos “constantes”, finalmente temos uma variável, o tempo, que influencia o custo pelos juros aplicáveis aos custos e pela inflacção que decorre do tempo. Estes custos são aplicáveis a cada metro quadrado de habitação, com uma relação directa, o acréscimo de área implica um acréscimo directamente correspondente do custo.
Se o objectivo é, tem........
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