Num estudo foi publicado que as mulheres doutoradas ganhavam menos que os homens licenciados. O estudo não comparou também os vencimentos dos doutorados, homens e mulheres, que trabalham no Estado (Ensino ou Investigação), com os licenciados que trabalham na “privada” se o tivesse feito veria que não há certamente diferenças, já que os homens com doutoramento no Estado também ganham menos que os licenciados. Também poderiam fazer um estudo comparando os rendimentos dos doutorados, no Estado, com o vencimento de um canalizador ou de um electricista, ou mesmo de um pedreiro que trabalhe por conta própria e chegariam à mesma conclusão, que um doutoramento não é garantia de um rendimento superior.
A questão dos vencimentos é analisada só à luz da espuma dos dias, das desigualdades “de género” ora devemos olhar para os vencimentos como problema de fundo, os portugueses ganham pouco, em particular os mais habilitados, relativamente aos congéneres europeus. A pergunta que se deve então fazer é se a formação que produzimos, independentemente do sexo, é aquela que o mercado valoriza.........