Função pública - motivação
O filme futurista de culto, Blade Runner, prospectiva um mundo onde muitos trabalhos são desenvolvidos por “replicantes”, cópias de seres humanos, mais fortes e mais inteligentes que estes, mas com um tempo de vida limitado. No filme, estes seres, foram desenvolvidos para trabalhar em condições adversas e em planetas distantes. No fundo os funcionários públicos ideais, altamente funcionais, substituíveis, já que são produzidos em fábricas e que nem sequer precisam que se lhes pague a reforma. Infelizmente é ficção, mas mesmo na ficção há uma revolta, os “replicantes” querem o direito a uma vida humana, sem prazo de validade.
Na vida real, actual, sempre que não é possível substituir o humano por uma máquina ou pela “inteligência artificial”, há que motivar “as tropas”, sejam elas militares ou civis, professores ou profissionais de saúde, técnicos ou administrativos. Sem complicar muito (para isso temos muitas teorias “comprovadas”) diria que há pelo menos cinco constantes a considerar na motivação “das tropas”: um horizonte temporal realista em que a sua vida pode melhorar, que as possibilidades são dadas a todos por igual, equidade, que o esforço é recompensado e que a diferenciação é reconhecida.
Ora nada disto é realidade na função pública. Começando pela avaliação de desempenho, que na maioria dos funcionários é feita através do “SIADAP” um sistema “universal” para avaliar todo o funcionalismo. O sistema foi configurado para dar resposta a um ano de trabalho com base em 3, 4 ou 5 descritores. As classificações são dadas numa escala de 1 a........
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