A formação de cadeias de valor circulares
À medida que envelhecem e perdem população, as áreas de baixa densidade (ABD) do grande interior português (165 concelhos completos e mais 20 concelhos incompletos, quase dois terços do território continental) estão obrigadas a recorrer, cada vez mais e por força das circunstâncias, à inteligência, imaginação e inovação, isto é, à criatividade dos territórios e à formação de cadeias de valor circulares (CVC). E é assim por que temos, hoje, mais tecnologias de informação e conhecimento (TIC) sobre zonas periféricas e remotas e sistemas inteligentes de informação geográfica (SIG) que nos permitem gerir esses territórios, mesmo à distância, com um mínimo de inteligência coletiva territorial, segurança, eficácia e eficiência. Ou seja, doravante, o problema do desenvolvimento territorial de áreas de baixa densidade já não é tanto uma questão de stock ou dotação de recursos aí existentes, mas mais de organização operacional do fluxo de informação e conhecimento existente e, sobretudo, de montagem criteriosa das hiperligações adequadas entre comunidades online e comunidades offline que apliquem concertadamente e com rigor no terreno concreto esse fluxo de informação e conhecimento. Esta mudança estrutural fundamental altera completamente a relação entre o ator e o sistema tal como a conhecemos durante as últimas décadas e, em especial, as relações de reciprocidade entre o ambiente urbano e o mundo rural. Neste sentido, as comunidades intermunicipais (CIM) e as redes urbanas podem revelar-se um incumbente privilegiado para a aplicação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e a conversão das ABD em territórios inteligentes e criativos (TIC). Vejamos os tópicos mais relevantes dessa sequência.
Para formar comunidades inteligentes precisamos de........
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