Liberalismo: a tradição esquecida
No seu artigo O liberalismo em crise, publicado no Observador, Miguel Morgado recorda que o liberalismo foi a força intelectual mais transformadora do Ocidente, reorganizando sociedades e valores até se tornar a gramática comum da política democrática – tanto à esquerda como à direita.
Morgado observa, contudo, que o liberalismo tem vindo a perder brilho e se encontra em retirada. A seu ver, isso resulta fundamentalmente do dogma central do liberalismo: a soberania absoluta do indivíduo sobre si mesmo.
Não me parece que seja esse o “ângulo morto” do liberalismo moderno.
Contrariamente ao que sucede com o socialismo ou o conservadorismo, filosofias mais socializantes ou comunitárias, e portanto com preocupações mais coletivas, o liberalismo propõe ampliar os graus de autonomia individual.
No seu modelo social, os liberais entendem que conceitos como povo, comunidade, nação, sociedade, tradição, cultura ou classes são realidades emergentes – formadas por milhões de interações individuais, por instituições e por comportamentos gerados de baixo para cima – e que não devem ser sujeitas a gestão política deliberada.
Na prática, esses conceitos traduzem-se em redes, instituições e organizações. Que têm um cunho........





















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