O preço de não saber cuidar: a saúde e o Estado Social
Em face do Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado a 10 de outubro, e tendo em conta o recente relatório “A Healthy Life: Desired by Many, Lived by Only Half of Europeans”, que traça um retrato inquietante da saúde dos europeus, deixo algumas reflexões em torno do bem-estar da sociedade atual.
A conclusão do relatório é clara: todos sabemos o que deveríamos fazer para viver melhor, mas não conseguimos colocar esse conhecimento em prática. O obstáculo não é apenas de vontade, é estrutural e económico.
O relatório revela um paradoxo: os cidadãos valorizam a alimentação saudável e o exercício físico, mas enfrentam barreiras financeiras e contextuais que os impedem de manter esses hábitos. O “gap” entre saber e fazer é gritante, sobretudo nos países do sul da Europa. Portugal é exemplo disso: 93% acreditam nos benefícios de uma boa alimentação, mas apenas 59% aplicam esse princípio no dia a dia.
Mais alarmante ainda é a situação da saúde mental: 36% dos europeus enfrentam dificuldades nesta área, mas só 7% recorrem a terapia. O burnout afeta dois terços da população, com maior intensidade entre os jovens. As causas são conhecidas: stress financeiro e laboral, desigualdade económica e degradação das condições de vida. Em Portugal, 70% consideram que a saúde mental continua a ser tratada como secundária no SNS e, no caso da infância e........





















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