menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

A verdade sobre as urgências encerradas

15 3
15.05.2025

Todos os líderes partidários, sem exceção, têm pavor de médicos. Salvo Leonor Beleza e Maria de Belém, há 40 e 30 anos, todos os sucessivos governantes também. Sucessivos Primeiros Ministros que não permitem que os titulares da pasta da Saúde tomem as medidas que são precisas. É o caso deste Governo também! Não escrevo sobre nenhum segredo de Estado ou alguma revelação bombástica que ninguém saiba. Disse-o publicamente demasiadas vezes com propostas concretas para melhorar o acesso e a qualidade no Serviço Nacional de Saúde. Aliás, a sociedade em geral está bem ciente do que escrevo, políticos e jornalistas também.

A estratégia de atirar dinheiro para cima do Serviço Nacional de Saúde sem profundas reformas na sua organização trouxe-nos até aqui. Estamos todos reféns de uma classe profissional que prefere um SNS, tipo repartição pública, das 9h às 17h, durante a semana, quando não há pontes e dias festivos e pago principescamente. É só disto que se trata para muitos, demasiados até, receber muito e trabalhar menos horas. Trabalha-se nos mínimos, não há consultas externas aos fins de semana, não há marcação de exames aos fins de semana, exceto de urgência, nem altas, nem admissões (pouquíssimas quando há). E os outros profissionais de saúde? Esses trabalham por turnos........

© Observador