De 4 em 4 anos, o mesmo fogo. E as mesmas desculpas

Todos os anos sabemos que Portugal vai arder. O que não podemos aceitar é continuar a tratar como “tragédia inevitável” aquilo que é previsível e, sobretudo, agravado pela falta de responsabilidade política e estratégica. Os incêndios florestais são consequência de muita coisa, incluindo da mão criminosa, e é preciso que a justiça tenha mão mais pesada para quem coloca em risco a vida de pessoas e de propriedades. Aliás o Governo deu recentemente um sinal positivo nesse sentido.

Mas, os autarcas não podem desresponsabilizar-se. A culpa não é apenas de criminosos, ou dos privados que não tomam conta das suas terras. Um Presidente de Câmara não pode só ficar à espera de Lisboa para resolver os seus problemas, tem de encontrar soluções, tem de se esforçar. As pessoas elegem-nos a contar com isso e não com desculpas que vão dar.

Recentemente, o deputado Rui Santos tentou vitimizar-se e sacudir a responsabilidade, dele próprio e do seu sucessor, pelos incêndios que têm devastado Vila Real. Nas suas declarações, assumiu que este flagelo ocorreu em 2017, em 2021 e agora em 2025,........

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