Então, decidimos, não sei bem quando, começar a celebrar a passagem dos anos. Já não apenas as nossas, mas as do mundo. Uma pergunta ao robô de I.A. mais próximo certamente resolveria a dúvida com inquietante certeza, mas basta-nos, por agora, esta humana e imprecisa aproximação: sabendo que, até ao século XIX, não havia sequer relógios de pulso, não se está a ver o povo em grandes contagens decrescentes, reunido à volta da torre da igreja, pronto para pular de alegria à meia-noite em ponto. É uma coisa curiosa, parte daquela grande religião pagã sincrética em que vivemos hoje: atribuímos um poder ao........