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A realidade segue dentro de momentos

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07.03.2025

Na discussão da moção de censura da CDU, que ainda a semana passada se absteve na do Chega, que por sua vez esta semana se ia abster na da CDU, que isto é bonito é estarmos cá uns para os outros, enquanto o PS se abstinha de tudo, menos de pedir uma comissão parlamentar de inquérito, para poder discutir em praça pública, dias, semanas ou meses a fio, quanto é que a família do primeiro-ministro ganhou nos seus negócios privados, esse primeiro-ministro entendeu ceder à pressão e avançar para a moção de confiança. A cinco dias de fazer um ano das eleições que ganhou, 11 escassos meses depois de tomar posse, com a Europa no sarilho em que está. Por causa de uma notícia sobre uma empresa que passou para a mulher, e depois para os filhos, e da qual o cliente potencialmente mais problemático acabara de anunciar a desvinculação.

Não houve, tanto quanto sabemos, qualquer ilegalidade; não houve, tanto quanto sabemos, qualquer conflito de interesses – simplesmente, poderia vir a haver. Portugal vai, provavelmente, ficar outra vez sem governo porque o primeiro-ministro foi ingénuo e não vendeu a empresa a um amigo, como........

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