Sistema Faemg Senar leva tecnologia ao produtor rural

O presidente do Sistema Faemg, Antônio Pitangui de Salvo, é o entrevistado de hoje da temporada Minas S/A Desenvolvimento Sustentável, em todas as plataformas de O TEMPO.

À frente da maior federação de sindicatos rurais do país, ele celebra o crescimento de dois dígitos do setor em Minas Gerais e aponta a tecnologia e a assistência técnica como pilares para ganho de produtividade, renda e permanência no campo por meio do programa ATeG, que já atingiu diretamente 50 mil produtores rurais.

O dirigente da entidade aborda um novo estudo da Embrapa Territorial que confirmou que 65,6% do Brasil está completamente preservado. “Utilizamos apenas cerca de 30% do país para agricultura e pecuária juntas para produzir esse fenômeno que somos hoje. Acabamos de ultrapassar os EUA na produção de proteína vermelha”, comemora. Minas Gerais ocupa atualmente o terceiro lugar entre os maiores produtores do país. 

A seguir, a entrevista de Antônio de Salvo e na íntegra no vídeo:

O que você considera de pontos positivos neste ano para o produtor mineiro?

Podemos pontuar várias coisas positivas, começando pela continuidade do crescimento da agricultura e da pecuária em Minas Gerais. É gratificante ver o estado se posicionando novamente no protagonismo de um setor que traz riquezas, divisas, exporta alimentos e garante a segurança alimentar para a nossa população. O crescimento foi substancial, de dois dígitos.

O que propiciou esse resultado tão positivo?

Enxergamos de forma muito clara um aumento na introdução do pacote tecnológico dentro das nossas propriedades. Ainda temos um desafio gigante para levar esse conhecimento para os mais de 650 mil produtores rurais mineiros. Mas, quando comparamos o produtor rural que passou a ter acesso à tecnologia, notamos uma diferença gigantesca nos índices de produção, produtividade e, consequentemente, lucratividade. Talvez este seja o grande divisor de águas: a tecnologia. Quando ela chega, o resultado na performance do setor é nítido e reflete diretamente na economia do estado.

Como é possível quantificar isso na prática?

Nós temos o ATeG (Assistência Técnica e Gerencial). Atendemos mais de 20 mil propriedades em 2025 e já passamos de 50 mil atendimentos ao longo dos últimos oito anos. Fizemos uma análise estatística focada em dois setores fundamentais: pecuária leiteira e cafeicultura. A diferença é brutal. Na pecuária de leite, o produtor atendido pela nossa assistência técnica tem um índice de lucratividade 21% maior do que o não atendido. Na cafeicultura, pasmem, o crescimento de lucratividade chega a 26%. Isso tira o produtor que estava no vermelho e o coloca no azul. Não há dúvida de que o grande desafio deste século é levar assistência técnica; quem não tiver esse acesso terá muita dificuldade em continuar na atividade e pode acabar sendo eliminado do mercado.

O desafio é atingir os 650 mil produtores rurais em Minas Gerais?

Atingimos 50 mil........

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