Agosto sísmico que menstrua
Já ouvi dizer que agosto foi muito parado, que não aconteceu nada, uma chatice, nada de eventos relevantes, muito menos catástrofes, nem um incêndio grande (cruzes canhoto), nada de processos judiciais (dos de jeito, não de faca e alguidar) para alimentar o chamado jornalismo judiciário, nada de nada, um tédio noticioso – tão grande, que foi preciso (dizem) durante vários dias fazer oitocentas e trinta e seis notícias (soit disant) sobre os dez anos da chamada queda do BES, para, como se diz, ‘encher chouriços’. Pois eu não concordo, e acho até que em agosto aconteceu muita coisa – e nem estou a pensar na questão das eleições americanas, nem na guerra na Europa de Leste, nem no médio Oriente, nem sequer na Venezuela. Estou a pensar no sismo, o sismo português, o que me fez acordar vagamente de madrugada e, depois de voltar a adormecer e acordar uma hora e picos depois, ter de confirmar se tinha mesmo acontecido ou se era sonho. E não é que........
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