Estava eu posto em sossego no feriado – que é coisa que raramente gozo, pois isto da malandragem da advocacia implica trabalhar, muito e a desoras, para que conste -, e eis que alguém me envia uma prosa do Dr. Batalha, o provedor mor da transparência, encimada por um título com a palavra focinho. Eu dispensava a prosa, é verdade, e habitualmente não leio nem sei que existem textos desses, e, quando sei, penso logo em certo provérbio popular sobre vozes e fico no céu. Mas mandaram-me, e li, por deferência a quem me enviou – e também porque gosto da palavra focinho, confesso. Ora, era bonito o texto, e forte (como se costuma dizer), uma prosa assertiva onde ia tudo a eito, num mar de generalidades, suposições e processos de intenção. Tudo muito sedutor, num tempo em que o disparate não é taxado e a ofensa sempre vai abençoada por conta da liberdade de expressão. Tanto me faz, e vá o autor em paz. O Dr. Batalha, como me dizem ser costume, compôs, em letra de forma, um fartote de dar no focinho, a este e àquele, a uma e a outra, trás, zás, pumba. Até me incluiu a mim, e agradeço a........