Façam lá a vossa greve |
Os partidos de esquerda exageram, a reforma laboral está longe de ser um conjunto de leis radicais contra os direitos dos trabalhadores. Tem duas ou três indecências que facilmente poderiam ser retiradas, mas nenhuma torna o pacote num presente de natal para os patrões. O que faz dela o ponto de apoio para a alavanca de uma greve geral é outra coisa: a provocação. E ela, que pode nascer da pressa e morrer na autoconfiança da ministra, mostra não apenas que o Governo não tem medo como possivelmente deseja o confronto. Para vencer e dobrar os sindicatos, que indisfarçavelmente trata como forças de atraso.
A reforma de Luís Montenegro é sobretudo uma reversão do pacote laboral de António Costa, repondo contratos a termo num máximo de três anos, repondo o direito a possibilidade de substituição de trabalhadores despedidos........