A traição a Biden
Assim que Biden anunciou a sua desistência à corrida pela Casa Branca, de imediato surgiram toneladas de louvores pela sua decisão, com os mais variados políticos e comentadores, um pouco por todo o mundo, a enaltecerem a coragem e sentido de estado evidenciados pelo ainda presidente norte-americano.
Criou-se então a tese, cujos pressupostos colheram praticamente a unanimidade entre todos quantos se dedicaram a analisar o gesto supostamente altruísta de Biden, de que este se convenceu de que a sua derrota perante Trump seria inevitável e que, por essa razão, pôs os interesses do partido democrático acima das suas ambições pessoais.
Puro folclore!
Biden não saiu pelo seu pé, foi sim vítima de um golpe palaciano, engendrado no interior do seu partido e tendo como cabecilha a mulher que ele havia escolhido para sua vice-presidente.
Há quatro anos, Biden não foi cuidadoso ao eleger aquela que o acompanhou na sua mudança para a Casa Branca, considerando que já então deveria ter tomado consciência do tipo de criatura em quem quis confiar.
No entanto, há que o reconhecer, igualmente nessa altura a decisão não foi sua, mas sim imposta pela ala esquerda do seu partido, como forma de contra-poder à facção centrista que saíra vitoriosa da Convenção democrata.
Kamala Harris vem da esquerda da esquerda dos democratas, ou seja, encarna o bloco radical e libertário que se infiltrou naquele partido e que,........
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