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Tudo tem que mudar para tudo ficar na mesma

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17.11.2025

Mais uma semana, mais uma volta, é como se tudo tivesse de mudar para tudo ficar na mesma.

Mais uma, duas ou três entrevistas do Ventura na televisão.

Mais um, dois, três bebés que tiveram de nascer na estrada, porque as urgências estão fechadas mas as portagens continuam abertas.

Mais uma semana em que Montenegro tenta segurar a Ministra da Saúde. O país discute a palavra do ano, mas não-me-demito podia ser uma delas.

As televisões concentram as suas equipas e estendem a sua programação para acompanhar novamente as eleições do Benfica, há duas semanas foi a brincar, agora é que é, vamos lá cambada, toca a bater mais um recorde do Guinness, o Benfica é a primeira equipa com zero pontos na Champions a conseguir mais de 93 mil adeptos a votar para que tudo tenha de mudar para tudo ficar na mesma.

Camilo Lourenço entretanto continua a lançar directos para a CMTV do seu automóvel, é como se ele estivesse na margem sul à procura de uma urgência obstetrícia aberta.

O assalto ao Louvre continua a aparecer regularmente nos nossos noticiários, como se tivesse mais interesse uma cena em Paris que o roubo de catedral que foi a vitória foi Sporting nos Açores depois de um canto que não existiu.

É o INEM que ia chamar-se ANEM mas afinal fica INEM.

É o IRA que podia usar luzes de emergência mas afinal já não pode.

É o projecto da Casa das Conchinhas em Chelas que ia ser habitação social, até aparecer inesperadamente na lista de imóveis a vender pelo Governo, obrigando as redes sociais a chamar a atenção para a escandaleira que aquilo seria, vender o barato caro, roubando aos pobres para dar aos ricos, ainda foi o Governo a tempo de recuar e referir que se tratou afinal de um........

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