Segunda semana de debates: Ventura não é o candidato da fação, mas da contrafação

Segunda-feira, 24 de novembro, Vítor Gonçalves recebeu Jorge Pinto e João Cotrim Figueiredo na RTP. O debate começou mal, a luz sobre o pivot foi abaixo, a régie da RTP esqueceu-se de ligar os cronómetros, Vítor Gonçalves perguntou a Jorge Pinto se iria desistir, uma vez que ia em último nas sondagens, é como se o candidato do Livre não tivesse direito a estar ali porque o mercado das sondagens não o permitia, ou seja, Vítor Gonçalves fez o papel liberal de Cotrim.

Jorge Pinto alegou que, quando tinha sido condutor de ambulâncias, nunca perguntou aos seus pacientes se eram ricos ou pobres. Quando sugeriu convocar os “Estados Gerais da Saúde”, Cotrim riu-se. O candidato da IL acusou Pinto de “ser pós-produtivista”, que o Livre advoga o “empobrecimento”. Pinto distraiu-se com alguém que lhe falava fora do enquadramento e não providenciou resposta à altura, mas não foi por isso que o debate se revelou também um pouco pós-produtivista.

Terça-feira, 25 de novembro, Clara de Sousa recebeu Marques Mendes e André Ventura na SIC. Marques Mendes acusou Ventura de “não gostar do 25 de abril, enquanto eu gosto de ambos [25 de abril e 25 de novembro]”, acrescentando que Ventura “vive mal com tolerância democrática, é um falso candidato nas presidenciais, porque quer tudo, está a enganar os eleitores”.

Ventura já estava a espumar da boca quando começou a falar, e voltou a reciclar a máxima do melhoral, “Marques Mendes não faz bem nem faz mal”, já utilizada no seu debate com Seguro. Depois sugeriu que Marques Mendes estaria a jogar em casa, por ter sido comentador da SIC, picando a moderadora Clara de Sousa.

Marques Mendes reagiu às insinuações de Ventura: “O senhor só acusa o Presidente da República [Marcelo] porque lhe convém, o senhor só faz teatro”.

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