A discussão do Orçamento, que todos os anos ocupa horas e horas na TV e na rádio, e consome páginas de jornais, tem muito pouco interesse. E isto por uma razão muito simples de explicar: porque nunca os orçamentos são cumpridos. São sempre alterados ou mesmo subvertidos. Assim, a questão mais interessante que os orçamentos colocam é mesmo o que pode resultar do seu chumbo ou aprovação.
Desde que este Governo tomou posse, é isso o que se discute.
O PS vai aprovar ou chumbar o Orçamento?
Pedro Nuno Santos quer ou não provocar eleições?
E o Chega?
Vai prosseguir nesta estratégia louca de bota-abaixo?
E o Governo?
Interessa-lhe ou não esticar a corda para provocar a rutura?
O debate sobre o Orçamento gira, assim, à volta de questões de pura tática política.
O conteúdo do Orçamento pouco interessa.
Mas terá também algum interesse saber se o Orçamento será chumbado e irá haver novas eleições a curto prazo? Nenhum. Pois, se houver eleições, nada se modificará.
Com um Parlamento formado por três grandes blocos, não haverá quaisquer condições de governabilidade.
Mesmo que o PS........