O momento em que Portas deitou a toalha ao chão
Há tempos falei dos Clássicos da Literatura Portuguesa Contados às Crianças, uma iniciativa do SOL que teve grande sucesso. Nesta época outonal será curioso recordar um projeto idêntico, de que alguns antigos leitores do Expresso ainda se lembrarão: o Guia Expresso de Portugal, que faz agora 30 anos. Tratou-se de uma das iniciativas editoriais com maior impacto nas vendas de um jornal. Na altura as tiragens rondavam os 140 mil exemplares – e saltaram de repente para os 200 mil. Um êxito estrondoso.
O processo arrancou no gabinete de Francisco Pinto Balsemão, no velho prédio da avenida Duque de Palmela. Lá havia uma grande mesa de madeira que servia simultaneamente de mesa de reuniões e de trabalho. Balsemão gostava de se sentar aí a trabalhar, mesmo sozinho.
Nessa manhã estávamos naquela mesa três pessoas: ele, eu e Henrique Granadeiro, recém-entrado na administração. Discutíamos as vendas do jornal, que, depois de uma subida constante durante anos consecutivos, mostravam algum abrandamento. É certo que se tratava de um fenómeno mundial, mas com os males dos outros podíamos nós bem.
Lembrei-me então de uma conversa tida dias antes com o jornalista Rui Cardoso (que aparece agora de vez em quando na SIC a falar de politica internacional). E ali mesmo........
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