Lucky man
Há muitos anos, quando Ruben Amorim era ainda jogador de futebol, escrevi no jornal Record um texto com o título Rubi Amorim.
Sim, considerava Ruben Amorim um rubi. Também simpatizava com ele, pois tinha-se revelado no Belenenses, o meu clube do coração, daqui transitando para o Benfica. E o então treinador deste clube, Quique Flores, dizia que a equipa era uma com Amorim e outra sem ele. Ruben Amorim fazia a diferença.
Não era propriamente um virtuoso. Não era um homem que tivesse nascido para jogar futebol, com uma habilidade transbordante. Era um bom jogador – mas que jogava mais com a cabeça do que com os pés. Um jogador inteligente, que não resolvia jogos mas percebia os momentos do jogo e o que devia fazer em cada um deles.
Depois, Jorge Jesus substituiu Quique Flores como treinador do Benfica, e Amorim começou a apagar-se, até se eclipsar. Deixou de jogar. O Benfica tinha uma grande equipa, com os argentinos Aimar, Di María e Saviola, e não havia espaço para Amorim. Protestava, insistia com Jesus para jogar, mas este respondia-lhe: «Quem é que........
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