Os incêndios desta semana, em relação ao de Pedrógão, tiveram duas diferenças fundamentais: o número de mortos e a atitude do primeiro-ministro. Enquanto, ali, António Costa desapareceu, enviando para o terreno a ministra Constança Urbano de Sousa, agora Luís Montenegro deu a cara desde a primeira hora. Para além disso, tudo parece igual. Vivemos as mesmas angústias. Os jornalistas fazem as mesmas perguntas, e os especialistas dão as mesmas respostas.
Não se avançou nada! Não há uma ideia nova! Zero!
As medidas impostas por António Costa depois de Pedrógão, para calar as críticas, não tiveram efeito nenhum.
A limpeza de uma faixa de 10m junto às estradas, não funcionou: até teve alguns efeitos perversos, levando ao arranque de árvores e arbustos que fixavam taludes, e em muitos locais a faixa foi invadida por acácias, uma espécie invasora muito difícil de combater.
Por outro lado, o famoso ‘ordenamento florestal’ é uma miragem.
Seria possível se tivéssemos um regime comunista, com um Estado forte e uma planificação centralizada: mas com 90 e tal por cento de floresta privada, com proprietários sem dinheiro para mandar cantar um........