A Europa e a guerra
A Europa está velha há muito tempo. Desindustrializada, sem meios próprios de defesa e militarmente dependente dos EUA, debilitada por lutas políticas estéreis, enfraquecia pelo politicamente correto, sofrendo os efeitos de uma imigração descontrolada que lhe tem minado a identidade, destituída de nervo e de norte, a Europa, mais do que velha, está quase moribunda. Este quadro desolador explica a subida da extrema-direita, que antecipei há bastantes anos e que agora assusta muita gente.
Talvez seja tarde.
Paradoxalmente, pode acontecer que a malfadada guerra na Ucrânia constitua o choque que leve a Europa a acordar de uma longa letargia e a reerguer-se das cinzas.
Há males que vêm por bem.
Pode ser que a ameaça russa leve os líderes europeus a perceber que a Europa não pode ser tão dependente do chapéu-de-chuva militar americano, que tem de voltar a reindustrializar-se, que deve deixar-se de fantasias como a ideologia de género e quejandas.
A Europa tem de cair no real.
A ameaça russa é o grande desafio que enfrenta neste momento, e, se a Ucrânia não conseguir ganhar a guerra, os europeus no seu conjunto ficarão em perigo.
Nesta guerra, a Europa e os EUA têm andado a brincar com o fogo desde o........
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