Vacinação |
Agora que a probabilidade de o Chega vir a ser o partido mais votado, num horizonte relativamente próximo, já não é zero, é natural que se comece a discutir o dia seguinte. Dois colunistas do jornal Público, deram recentemente voz às duas faces do argumento. Maria João Marques (Os Ajudantes do Chega, in Público de 24 de setembro) apresentou a tese da ‘vacina’ segundo a qual quando partidos de extrema-direita entram no governo – seja como parceiros de coligação ou líderes –, são forçados a moderar a sua retórica, a abandonar as promessas radicais ou a revelar a sua incompetência governativa, o que acaba por erodir o seu apelo. Esta exposição, argumenta-se, imuniza o eleitorado contra o seu extremismo, demonstrando que não são os transformadores antissistema que propagandeavam ser.
Em contraste, Pedro Norton, (Alguém quererá passar à história como sendo o Kerensky português?, in Público........