Recordações de um mundo em flor
Na história da arte e da botânica, há nomes que deixaram marcas duradouras, não só pelo talento, mas também pela ousadia de romper os limites do seu tempo. Marianne North (1830-1890) é um deles. Nascida numa família abastada e culta da Inglaterra vitoriana, recusou o percurso reservado às mulheres da sua classe social – o casamento e a vida doméstica – para se tornar uma viajante, observadora do mundo natural e artista autodidata que retrataria a diversidade vegetal do planeta.
O fascínio pela botânica começou na juventude, influenciado pelas caminhadas com o pai, Frederick North, um político e amante da Natureza. Após a morte deste, Marianne, já quase com quarenta anos, decidiu partir à descoberta do mundo. Ao contrário dos ilustradores botânicos que trabalhavam em estúdios ou com espécimes secos, queria ver as plantas nos seus habitats naturais. Viajando sozinha – feito quase escandaloso para a época – e enfrentando condições adversas, entre 1871 e 1885 percorreu 15 países, das florestas tropicais do Brasil às montanhas do Himalaia, passando pelo deserto australiano e........





















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