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Amianto: a eternidade envenenada

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13.11.2025

Duas décadas após a proibição do amianto em Portugal, o país continua a viver com o legado de um material que o tempo não apaga. Relatórios recentes mostram que muitos edifícios públicos ainda o conservam nas suas estruturas. Apesar dos programas de remoção, várias autarquias admitem atrasos e falhas na inventariação. Em 2024, foi publicada a primeira norma portuguesa para a identificação e gestão de componentes com amianto – sinal de que o problema começa a ser tratado com maior rigor. Ainda assim, casos como os detritos no Passeio Marítimo de Algés ou escolas que, só agora, substituem as antigas coberturas de fibrocimento – a mal-afamada Lusalite, fabricada em Oeiras – mostram que a herança de um passado em que o amianto simbolizou progresso continua a ameaçar a saúde pública.

Também conhecido como asbesto, corresponde a um conjunto de minerais de silicato de magnésio e ferro, formados por filamentos muito finos e resistentes ao calor e à corrosão, que ocorrem em rochas profundas da crosta terrestre, transformadas pelo calor e pela pressão. A exposição prolongada a estas........

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