O verdadeiro tesouro da infância
Uma destas manhãs, quando estávamos a chegar à escola, oiço do banco de trás: «Mãe! Um mapa do tesouro! Ali mesmo!».
Estacionámos e eu pensei que, entretanto, o meu filho já teria percebido que não se tratava de um mapa. Mas mal fecho a porta: «Vamos lá ver se é um mapa do tesouro!». E puxa-me por ali fora. Quando chegámos vi uma enorme folha de cartão no chão. Ele continuava na expectativa de ver o mapa e subitamente também eu arrisco uma ponta de esperança. Pega na folha, vira-a cuidadosamente, mas: «Oh. Afinal é só um cartão. Vamos pôr ali no lixo». «Que pena…» – deixei escapar.
Pena não só do meu filho, mas da forma inclemente como a vida nos vai fazendo desacreditar nos sonhos e na magia. Pelo contrário, ele não parecia nada dececionado. Para ele continua a ser absolutamente provável........
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