«Ainda falta muito? Quanto tempo falta? Quantos minutos são uma hora?». Este era o pano de fundo de muitas viagens de carro mais longas com crianças nos bancos traseiros. As perguntas pareciam uma pescadinha de rabo na boca e podiam durar uma viagem inteira. Para passar o tempo mais facilmente inventavam-se jogos, contavam-se histórias, ouvia-se música ou – essencialmente – esperava-se a olhar pela janela ou a pensar na vida. Para descanso de muitos pais, a chegada das tecnologias digitais possibilitou o silêncio nessas viagens que pareciam intermináveis para todos. Eu confesso que continuo a considerar mais tranquilizantes os gritos vindos de trás e as perguntas intermináveis do que o silêncio sombrio que esses pequenos aparelhos geram.
Ninguém gosta de esperar, sobretudo quem tem um bichinho carpinteiro que o espicaça para se mexer, para correr e saltar e faz com que uma hora de inação se assemelhe ao fim do mundo. Mas já diz o ditado:........