Baião: do empobrecimento local à exaltação turística
Ao longo destas últimas décadas os espaços locais foram invadidos e contaminados por uma retórica cultural e turística que serviu para disfarçar os problemas estruturais destes territórios, com a promoção da festa, da cultura e da arte servidas em pacotes organizados por especialistas de eventos culturais, que transportam para tudo o que é local a mesma e triste receita. São as mesmas iniciativas, as mesmas ideias, os mesmos actores e a mesma retórica do verde sustentável, da arte na eira, do assombramento nos antigos mosteiros, das mil e uma noites no rio, da celebração histórica, da noite mágica nos dolmens, etc.
Estas programações ditas culturais promovem um diversificado de conjunto de actividades, cujo objectivo é criar a ideia de que estes locais vivem numa espécie de hipertotalidade, cada local/vila ou concelho intervém simultaneamente em vários processos de totalização, como consequência deparamo-nos com a contradição local / global que passa para um plano dominante.
As políticas dominantes nestes concelhos afastam-se dos problemas reais e estruturais, interferem essencialmente nas estruturas do efémero e do lazer, com resultados extremamente negativos para a vida social, económica e ambiental das comunidades. Os poderes municipais descartam as suas responsabilidades como representantes de uma comunidade para um plano secundário e sem projecto político capaz de responder aos problemas do dia-a-dia.
Os políticos eleitos (Presidente de Câmara e Vereadores) ignoram os problemas reais e estruturais, dos........





















Toi Staff
Sabine Sterk
Gideon Levy
Penny S. Tee
Waka Ikeda
Mark Travers Ph.d
John Nosta
Daniel Orenstein