Referendos
O nosso inefável André Ventura parece, há uns tempos recentes, desnorteado: sem discurso, sem plano, sem alvo. Só assim posso compreender que tenha tido a estapafúrdia ideia de propor uma acção contra o Presidente da República, que seria acusado de traição à Pátria. Pasma-me que nem ele nem a sua entourage se tenham dado conta do sumo ridículo da coisa. A coisa, é claro, não pegou e o assunto, creio eu, morreu.
Mas Ventura não tardou a tirar outra da cartola: levar a questão da imigração a referendo, um referendo com nada menos do que duas perguntas muito complexas e que não podem ser respondidas com um simples «sim» ou «não». Começa por que a esmagadora maioria das pessoas não está intelectualmente habilitada para dirimir um problema, como o da imigração, tão vasto e tão prenhe de graves consequências para o País. Depois, elegemos os deputados para precisamente resolverem por nós todos todo o tipo de questões, e não para que peçam socorro aos eleitores quando se trata de algo mais intrincado.
Sou, por princípio, absolutamente........
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